Nos últimos meses, um novo tipo de ameaça digital vem se espalhando rapidamente pelo Brasil, explorando a confiança e a popularidade do WhatsApp como porta de entrada. Batizado de Sorvepotel, esse malware brasileiro é um exemplo de como a engenharia social evoluiu para comprometer tanto a segurança pessoal quanto a integridade dos dados corporativos.
Se você utiliza o WhatsApp Web para trabalhar ou se comunicar com clientes e parceiros, é essencial entender como esse vírus age — e, principalmente, como se proteger.
O que é o Sorvepotel e como ele funciona?
Identificado no final de 2025, o Sorvepotel tem como principal característica a autopropagação via WhatsApp Web. Ele se disfarça de arquivos aparentemente inofensivos e atraentes, como:
- Promoções irresistíveis
- Comprovantes bancários ou notas fiscais
- Orçamentos urgentes
O golpe em 4 passos
- A Isca: você recebe um arquivo compactado (ZIP) de um contato conhecido. Na verdade, essa pessoa já foi infectada e o vírus está usando a conta dela para se espalhar.
- O Clique: ao abrir o ZIP, a vítima executa um arquivo malicioso disfarçado de atalho (.lnk) ou script (.vbs).
- A Infecção e o Roubo: o Sorvepotel se instala no computador e passa a monitorar atividades, roubando senhas bancárias, tokens e credenciais corporativas.
- A Propagação: o malware assume o controle da sessão do WhatsApp Web e reenviará automaticamente o arquivo para todos os contatos e grupos, ampliando a infecção em massa.
Por que o Sorvepotel é tão perigoso para empresas?
Uma única infecção pode gerar consequências graves:
- Comprometimento de dados corporativos: roubo de credenciais de sistemas internos, e-mails e informações confidenciais.
- Prejuízo na comunicação: envio de spam em massa pode levar ao bloqueio da conta de WhatsApp, interrompendo contatos com clientes e parceiros.
- Contaminação em cadeia: se o dispositivo infectado estiver conectado à rede corporativa, o malware pode tentar se espalhar para outros ativos da empresa.
5 medidas simples para blindar sua segurança
A melhor defesa contra o Sorvepotel é a higiene digital e a desconfiança saudável. Adote estas práticas:
- Verifique antes de abrir: nunca execute arquivos ZIP com extensões suspeitas (.lnk ou .vbs), mesmo que venham de contatos conhecidos. Confirme por outro canal se o envio é legítimo.
- Ative a autenticação em duas etapas (2FA): no WhatsApp e em todas as contas corporativas e bancárias. Isso dificulta o acesso mesmo que sua senha seja roubada.
- Mantenha o antivírus atualizado: use soluções de segurança confiáveis e sempre atualizadas para detectar comportamentos maliciosos.
- Deslogue do WhatsApp Web: ao terminar de usar, clique em “Sair de todos os dispositivos”. O vírus depende da sessão aberta para se propagar.
- Desative downloads automáticos: configure o WhatsApp para não baixar automaticamente fotos, vídeos e documentos.
Conclusão
O Sorvepotel pode parecer um “sorvete digital” tentador, mas a única coisa que ele derrete é a sua tranquilidade e segurança. Empresas e usuários precisam estar atentos: a prevenção é sempre mais barata e eficaz do que lidar com as consequências de uma infecção.
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